Cultura

A cultura pode ser considerada como tudo que o homem, através da sua racionalidade, consegue executar. Dessa forma todos os povos e sociedades possuem sua cultura por mais tradicional e arcaica que seja, pois todos os conhecimentos adquiridos são passados de geração em geração. 

Maravilha e a cultura:

Museu

Surgiu em 1969, quando José Alberto Barbosa, promotor público, proferiu uma palestra para os estudantes sobre a necessidade das pesquisas locais e a importância da preservação do histórico da região. As primeiras peças foram as cerâmicas dos povos indígenas que aqui viveram. O Museu Padre Fernando Nagel recebeu as primeiras peças do professor Francisco Gialdi. Atualmente o museu contém moedas brasileiras e estrangeiras, documentos, material de armaria, objetos do lar, material zoológico, exemplares arqueológicos entre outros.

CTG Juca Ruivo

Fundado em 1968 teve a intenção de criar uma sociedade composta por elementos que tivessem amor às tradições e ao folclore do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O 1º presidente foi Arlindo Lichks. O nome do CTG foi uma homenagem dos tradicionalistas maravilhenses ao escritor e poeta do pago José Leal Filho.

Associação Cultural Italiana de Maravilha (Acima)

Foi fundada em 1992, fruto de uma onda de sucessos que fez renascer a herança cultural da colonização europeia. Maravilha abrigou boa parcela de colonizadores descendentes de emigrantes da península itálica. Preserva as tradições e costumes do povo italiano.

Grupo Germânico

Faz parte do Centro Cultural 25 de Julho e objetiva cultuar aquilo que se recebeu da Alemanha, Suíça e Áustria, originou-se como coral em 1961 no lugar da Sociedade 26 de Fevereiro, extinta em 1960. O 25 de Julho matem um coral, grupos de bocha e bolão.

Cinema

O velho casarão ainda está na lembrança de quem viveu aquele tempo. Feito de madeira e com dois andares, o salão Preuss abrigou o que hoje ficou somente na história.

O maravilhense Adair Benini viveu a época e esteve diretamente ligado ao salão, quando passava cenas do Cine Avenida. Hoje, com mais de 60 anos, Benini lembra com saudades dos seus 17 anos. “Eu gostava de fazer o serviço. Era um meio de distração. Eu também assistia aos filmes lá de cima”, conta.

Década de 1970. Os maravilhenses ainda não tinham energia elétrica nem qualquer outro tipo de distração. O cinema era um tipo de programa de fim de semana. Benini comenta que “Quando a missa terminava, todos iam assistir aos filmes no cinema. Não tinha televisão. Então, isso era um divertimento. O filme terminava por volta das 22h30. Depois, as pessoas iam para os bailes na região”, frisa.

Na parte inferior do salão, funcionava um bar e bolão. Na parte superior, havia um projetor, um pano onde os filmes passavam, cadeiras de palha para os telespectadores e morcegos. “O projetor era de 32 mm. Tinha duas lentes: uma para filmes panorâmicos e outra para filmes normais. Os morcegos também habitavam o local”, lembra Benini, rindo pela situação da época.

A fita era revisada manualmente, para ver se havia algum problema. “As fitas vinham dentro das latas, de Porto Alegre. Nós íamos pegar na estação rodoviária antiga, que ficava na Avenida Araucária. Depois, íamos para o cinema, onde subíamos as escadas, revisávamos as fitas. Tinham cinco tomadas para ligar o projetor. Uma era para o som, outro para a cena e assim acontecia”, declara Benini.

Mazzaropi, Tonico e Tinoco, Spartacus, Teixeirinha e faroeste eram filmes que lotavam a sala de cinema. Diferentemente do que se imagina e se vê nos dias atuais, pipoca e refrigerantes não existiam no cinema da época. “Não tinha pipoca e haviam filmes que demoravam mais de três horas para terminar”, ressalta.

O sonho do cinema foi passado de família para família. Depois da família Preuss, Cleto Geremia continuou o trabalho. Hoje, o cinema resta apenas nas lembranças e no local onde estava instalado, nas proximidades do Posto Maratona.